5 tipos de revisão de materiais didáticos

Você sabe quais são os tipos de revisão que um material didático precisa? Revisão de original, cotejo, leitura de prova, revisão técnica, batida de emenda… Mas será que precisa de tantos nomes para se referir ao trabalho de revisão? A resposta é mil vezes sim! Afinal, cada tipo requer habilidades e olhares diferentes, que são considerados ao contratar um revisor para o trabalho. A seguir, descubra quais são as características de cada revisão e o perfil do profissional ideal para cada tipo.

 

REVISÃO DE ORIGINAL

A primeira revisão pela qual o material didático passa é a do original. Isso significa que você vai revisar um material em Word que ainda será diagramado ou programado. Além da revisão linguística do texto, é seu papel ler as orientações feitas para a arte, a iconografia e a programação (essas orientações costumam aparecer em outra cor ou estilo) e indicar possíveis incoerências, visões estereotipadas e problemas que poderão acontecer se aquilo que foi pedido for realizado. Revise o original imaginando como ele ficará depois de diagramado ou programado e tente antecipar problemas!

A revisão de original é feita em Word antes de o material ser diagramado, logo ela pode e deve ser mais pesada, pois esse é o momento certo de sugerir melhorias. Nessa revisão, geralmente são chamados profissionais com perfil mais proativo, questionador, que mexe mais no material e  levanta dúvidas.

 

COTEJO 

Cotejar significa comparar e é isso que você vai fazer! Você vai comparar o arquivo em Word que foi enviado para a arte com a primeira prova do material diagramado ou programado. O objetivo é verificar se tudo o que estava no original está na prova ou se houve algum “salto”, isto é, se a arte pulou alguma parte do texto e não inseriu na prova, o que pode ser uma palavra, uma frase ou um parágrafo inteiro. Você deve cotejar também se todas as imagens, ícones e outros elementos indicados no original entraram na prova. No cotejo, você não faz revisão linguística, você apenas compara os arquivos.

O cotejo deve ser feito por um profissional minucioso e detalhista. Aquela pessoa capaz de encontrar um itálico que não foi aplicado em meio a um mar de texto. Nada melhor do que ter dois monitores e muita paciência para fazer cotejos excelentes.

 

LEITURA DE PROVA

Revisão linguística da primeira prova diagramada ou programada. Revisar a prova significa tanto revisar o texto, quanto observar como os elementos estão distribuídos e apontar se algo está atrapalhando a leitura, se alguma imagem não está em alta resolução ou condizente com o conteúdo etc. A dica é fazer primeiro a leitura atenta do texto, revisando-o linguisticamente e, depois, verificar a disposição de todos os elementos página por página.

Na leitura de prova, o revisor geralmente deve se ater a pedidos de ajustes de erros linguísticos, padronização e levantar dúvidas realmente relevantes. Neste momento, o material já está diagramado e toda alteração pode gerar novos problemas, como quebra de linha errada, sobreposição de elementos, remissões incorretas etc. Revisores experientes e que sabem até onde podem ir na revisão são os mais procurados para esse tipo de trabalho, uma vez que vai facilitar o trabalho do editor que vai liberar a prova e do editor de arte, que terá que ajustar o material.

Muitas vezes, a editora pede para que o profissional faça o cotejo mais a leitura de prova e é pago um valor para cada serviço. Logo, para garantir a qualidade da sua entrega, é essencial fazer primeiro o cotejo dos arquivos e depois a leitura da prova. Parece que você vai “economizar” tempo fazendo as duas tarefas juntas, porém, o resultado pode ser desastroso!

 

REVISÃO TÉCNICA, LEITURA TÉCNICA, LEITURA CRÍTICA, LEITURA DE CONTROLE DE QUALIDADE…

Cada editora costuma chamar esse tipo de revisão de uma forma, podendo ter pequenas diferenças entre o que é esperado dos profissionais. Essa revisão se refere à leitura do material diagramado por um profissional técnico da área, ou seja, um especialista. A revisão técnica geralmente é realizada na segunda ou terceira prova do material e o intuito é solucionar erros conceituais, incoerências, preconceitos e inconsistências teóricas. É nesse momento também que o revisor costuma confrontar o material do aluno e do professor, checando remissões e verificando se nada passou despercebido! 

Como o foco é a correção conceitual  do material, para esse tipo de revisão, são procurados profissionais formados na área da disciplina ou do assunto tratado no conteúdo. Professores, licenciados, mestres e doutores com aptidão para trabalhar com texto são os perfis que costumam ser contratados para esse tipo de revisão. Por exemplo, a revisão técnica de um material didático de biologia provavelmente será realizada por uma pessoa formada nessa área, pois será capaz de encontrar erros conceituais e não apenas de língua.

 

BATIDA DE EMENDAS

Essa revisão tem como objetivo verificar se o erro, ou seja, se a “emenda” solicitada na prova anterior foi feita. Por isso o nome, você vai bater ou checar se aquele ajuste foi realizado. Para garantir a qualidade da sua entrega, além de verificar se aquele erro específico foi feito, veja também o seu entorno. Verifique se ao ajustar uma palavra, as regências nominal e verbal continuam corretas, se houve quebra de linha e se a palavra foi separada corretamente, se nenhum texto foi coberto por uma imagem etc.

Para esse tipo de revisão, profissionais que conseguem se ater à tarefa de verificar a realização correta dos ajustes são mais procurados, deixando de lado revisores com a mão mais pesada e que costumam levantar muitas dúvidas e sugestões de melhorias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados